quinta-feira, 30 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Suplementação de Melatonina
Muito se fala sobre a
suplementação de melatonina para induzir o sono. Mas essa substância tem sido
tema de diversos assuntos na comunidade científica. Primeiramente, para quem
não sabe, vamos explicar o que é melatonina.
A melatonina é um hormônio
produzido pela glândula pineal a partir do aminoácido triptofano. A glândula
pineal participa como organizadora dos ritmos biológicos, como o ciclo
claro/escuro do ambiente. Por isso, a melatonina tem como função regular o
sono, pois num ambiente escuro seus níveis tendem a subir, provocando sono.
Mas não é no tema sono que
queria me centrar no texto de hoje, mas em outros bem interessantes. Muitos
dizem que não há consenso sobre sua suplementação na indução do sono, o que
seria de grande valia para indivíduos que utilizam medicamentos (como rivotril)
para esse fim. Porém, buscando estudos sobre a suplementação, pode-se encontrar
diversos benefícios.
Por exemplo, sendo a gordura
visceral um fator de risco para diversos processos inflamatórios, Ciortea et al.
(2011) encontraram uma diminuição dessa após 14 dias de suplementação em ratos,
além de menor proliferação de células no endométrio, prevenindo a formação de
células anormais (leia-se cancerígenas). Com relação aos efeitos de proteção, ainda temos o estudo de
Ochoa et al. (2011), em que a suplementação de melatonina diminuiu a inflamação
e o estresse oxidativo (formação de radicais livres) em nadadores após sessões
de treinamento intensas. Mrowicka et al.
(2010) encontraram maior atividade da superóxido dismutase (enzima antioxidante)
num período de 30 dias de suplementação.
Com relação a atividade física,
ainda se tem mais benefícios, como na manutenção do glicogênio hepático durante
atividades físicas intensas, inclusive em diabéticos (Bicer et al., 2011; Kaya et
al., 2010), além de atuar como um antioxidante do tecido nervoso, prevenindo
lesões induzidas pelo exercício (Ayaz, 2009).
Biografia:
Ayaz M, Okudan N. Effects of
melatonin supplementation on exercise-induced changes in conduction velocity
distributions. Methods Find Exp Clin Pharmacol. 2009 Apr;31(3):151-6.
Bicer M, Akil M, Avunduk MC, Kilic
M, Mogulkoc R, Baltaci AK. Interactive effects of melatonin, exercise and
diabetes on liver glycogen levels. Endokrynol Pol. 2011;62(3):252-6.
Ciortea R, Costin N, Braicu I,
Haragâş D, Hudacsko A, Bondor C, Mihu D, Mihu CM. Effect of melatonin on
intra-abdominal fat in correlation with endometrial proliferation in
ovariectomized rats. Anticancer Res. 2011 Aug;31(8):2637-43.
Kaya O, Kilic M, Celik I,
Baltaci AK, Mogulkoc R. Effect of melatonin supplementation on plasma glucose
and liver glycogen levels in rats subjected to acute swimming exercise. Pak J Pharm Sci. 2010 Jul;23(3):241-4.
Mrowicka M, Garncarek P, Miller
E, Kedziora J, Smigielski J, Malinowska K, Mrowicki J. Effect of melatonin on
activity of superoxide dismutase (CuZn-SOD) in erythrocytes of patients during
short- and long-term hypokinesis. Wiad Lek. 2010;63(1):3-9.
Ochoa JJ, Díaz-Castro J, Kajarabille
N, García C, Guisado IM, De Teresa C, Guisado R. Melatonin supplementation
ameliorates oxidative stress and inflammatory signaling induced by strenuous
exercise in adult human males. J Pineal
Res. 2011 Nov;51(4):373-80. doi: 10.1111/j.1600-079X.2011.00899.x. Epub 2011
May 26.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
É recomendável ingerir gorduras antes e após os treinos ?
Tirando o fato de que gorduras são muito importantes na dieta de
qualquer pessoa que treine, existe dois horários no dia onde as gorduras
poderiam ser evitadas para maximizar os ganhos.
Fisiculturistas
costumavam evitar qualquer tipo de gordura para auxiliar na definição
muscular e evitar o acúmulo de gordura corporal. Hoje, todos sabemos que
a gordura é um nutriente chave para o corpo. Ela não só ajuda a manter
os níveis de testosterona altos, como também pode auxiliar a habilidade
do corpo em eliminar a gordura. Dez anos atrás, a maioria dos
fisiculturistas usavam apenas 10% calorias vindas de gorduras na dieta.
Hoje, é comum encontrar dietas compostas contendo 30% ou até mais.
Descartando o fato de que as gorduras são uma necessidade em uma dieta,
ainda existem dois momentos no dia que você poderia evitar a ingestão de
gordura: no pré e pós-treino.
É recomendável manter a ingestão de
gordura abaixo das 5 gramas na refeição pré e pós-treino, porque
primeiramente as gorduras podem diminuir a velocidade da digestão da
proteína(que não é algo interessante antes e após os treinos) e ainda
pode atrapalhar o fluxo sanguíneo nos músculos. Como se não fosse
suficiente, pesquisas sugerem que o consumo de gorduras pode alterar os
níveis do hormônio do crescimento. Cientistas do Centro Médico do
UCLA(Torrance, California) fizeram com que os envolvidos no estudos
realizassem um treino de alta-intensidade usando bicicletas
ergométricas, sob três condições diferentes: a primeira envolvendo uma
refeição placebo no pré-treino contendo apenas líquido sem calorias, a
segunda com uma refeição contendo glicose e na terceira um líquido
contendo gorduras. Eles descobriram que quando as pessoas que fizeram a
refeição contendo gorduras antes dos exercícios, os níveis de GH após o
treino caiu em mais da metade, comparando com as refeições contendo
placebo e glicose. Os pesquisadores descobriram que a diminuição do
hormônio de crescimento ocorreu devido ao aumento nos níveis de
somatostatina. Este hormônio é conhecido por inibir a liberação de GH.
Para comprovar o fato, em um estudo mais recente o mesmo resultado foi
repetido pelos pesquisadores da University of California Irvine School
of Medicine.
Existem inúmeros momentos do dia onde podemos ingerir gorduras. Evita-la antes e após o treino, pode ser uma nova maneira de maximizar os seus ganhos, independente de qual seja o seu objetivo.
Fonte:J.P. Cappon et al., “Acute effects of high fat and high glucose meals on
the growth hormone response to exercise,” Journal of Clinical
Endocrinology and Metabolism,76(6):1418-22, 1993;
P. Galassetti et al., “Effect of a high-fat meal on the growth hormone response to exercise in children,” Journal of Pediatric Endocrinology andMetabolism, 19(6):777-86, 2006.
P. Galassetti et al., “Effect of a high-fat meal on the growth hormone response to exercise in children,” Journal of Pediatric Endocrinology andMetabolism, 19(6):777-86, 2006.
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