quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mas afinal o que são os antioxidantes?




Nos supermercados multiplicam-se os produtos ricos em antioxidantes e na farmácia há fórmulas minerais-vitamínicas que funcionam como suplementos. O conceito de “antioxidante” vem a ganhar força e não é só entre os especialistas de saúde.

Mas afinal o que são os antioxidantes e qual a razão de merecerem a atenção dos profissionais de saúde?

Os radicais livres são agentes internos responsáveis por danos nas células, com consequências que podem ir do envelhecimento precoce a doenças várias, das oncológicas às cardiovasculares.

Trata-se de partículas instáveis geradas pelo próprio organismo. Durante os processos metabólicos, o organismo faz entrar em acção substâncias cuja missão é exactamente neutralizar os radicais livres e, assim, defender a saúde das células. Estas substâncias designam-se por antioxidantes, os quais são fornecidos essencialmente por uma alimentação equilibrada e rica em antioxidantes – que ajudam a prevenir certas doenças como as cardiovasculares, certos tipos de cancro e o envelhecimento precoce – mas também através de hábitos de vida saudáveis, como não fumar e não consumir bebidas alcoólicas. Estes são dois elementos que contribuem para desequilibrar a relação de forças entre radicais livres e antioxidantes.

Dietas ricas em frutos, vegetais, fibras e minerais (cálcio, potássio e magnésio) são essenciais, dado que fornecem uma gama alargada de antioxidantes.

Os antioxidantes clássicos estão presentes nas vitaminas C e E, zinco e selénio. Mas não é apenas nos alimentos que se pode encontrar uma arma antioxidante. Também através da actividade física, nomeadamente com a prática regular de desporto, se consegue promover uma melhor defesa antioxidante.

Muitas das vezes, a alimentação nem sempre é suficiente para fornecer todas as vitaminas e nutrientes adequados, sendo necessário o recurso a suplementos, que pode encontrar na sua farmácia. Vários estudos falam sobre a importância do magnésio na protecção cardiovascular e, dada a importância do magnésio na função cardíaca, para além da muscular e nervosa, é importante tomar um suplemento nos períodos de maior stress. É recomendado também na prevenção e na terapia de várias doenças incluindo as cardiovasculares, onde existe stress oxidativo. É ainda de considerar a sua administração em grávidas, idosos, praticantes de desporto, diabéticos e alcoólicos, cuja alimentação é muitas vezes pobre em nutrientes essenciais.

Além disso, há determinados factores que podem influenciar negativamente a concentração de vitamina C. Até por que, desde a sua colheita até à ingestão, à mesa, os vegetais perdem cerca de 40 por cento do seu conteúdo em vitamina C. Outros factores, como o tabaco e a poluição, exigem um maior consumo de antioxidantes. A título de exemplo podemos referir que cada maço de tabaco consumido corresponde à perda de 35 mg de vitamina C.

A par do tabaco e da poluição, outros factores estão relacionados, como a idade, o maior consumo de açúcar (álcool incluído) e menor consumo de fruta e vegetais e menor qualidade dos mesmos.

 Deste modo, as fórmulas minerais-vitamínicas são aconselhadas a pessoas com excesso de peso (maior a massa gorda, maior as necessidades), pessoas com alimentação incorrecta (formação de radicais livres, com ingestão, por exemplo, de fritos), desportistas (maior utilização de oxigénio), fumadores (degradação mais rápida de vitaminas) e habitantes de grandes cidades (todos os anos 200 milhões de toneladas de poluentes perigosos são libertos para atmosfera).

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